19.5.09

Assédio moral no trabalho ?



Assédio moral é uma espécie de perseguição no local do trabalho, que é feita pelo empregador, pelo chefe ou por colegas, ou por todos eles juntos, na intenção de afetar a dignidade do trabalhador, de criar um ambiente humilhante, hostil, agressivo. Esse ambiente acaba por desequilibrar a pessoa, porque causa um sofrimento solitário, que faz mal à saúde do corpo e da alma.

O assédio pode se manifestar por atos, palavras e gestos que ofendam a dignidade e a auto-estima das pessoas. A pessoa pode ser isolada dos outros, sem nenhuma explicação, pode ser impedida de falar qualquer coisa, ser responsabilizada por falhas diante de todos, ser vigiada constantemente, ser chamada de incompetente ou outras coisas, forçando a vítima a pedir demissão, ou demitindo mesmo, quando a pessoa resiste e não sai, por medo de ficar desempregada.
O que é humilhação?
Conceito: É um sentimento de ser ofendido(a), menosprezado(a), rebaixado(a), inferiorizado(a), submetido(a), vexado(a), constrangido(a) e ultrajado(a) pelo outro(a). É sentir-se um ninguém, sem valor, inútil. Magoado(a), revoltado(a), perturbado(a), mortificado(a), traído(a), envergonhado(a), indignado(a) e com raiva. A humilhação causa dor, tristeza e sofrimento.
É a exposição dos trabalhadores e trabalhadoras a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções, sendo mais comuns em relações hierárquicas autoritárias, em que predominam condutas negativas, relações desumanas de longa duração, de um ou mais chefes dirigida a um ou mais subordinado(s), desestabilizando a relação da vítima com o ambiente de trabalho e a organização, forçando-o a desistir do emprego.
A vítima escolhida é isolada do grupo sem explicações, passando a ser hostilizada, ridicularizada, inferiorizada e desacreditada diante dos pares. Estes, por medo do desemprego e a vergonha de serem também humilhados associado ao estímulo constante à competitividade, rompem os laços afetivos com a vítima e, freqüentemente, reproduzem ações e atos do agressor no ambiente de trabalho, instaurando o pacto da tolerância e do silêncio’ no coletivo, enquanto a vitima vai gradativamente se desestabilizando e fragilizando, ’perdendo’ sua auto-estima.
Em resumo: um ato isolado de humilhação não é assédio moral. Este pressupõe:
1. repetição sistemática
2. intencionalidade (forçar o outro a abrir mão do emprego)
3. direcionalidade (uma pessoa do grupo é escolhida como bode expiatório)
4. temporalidade (durante a jornada, por dias e meses)
5. degradação deliberada das condições de trabalho


"As pessoas não estão neste mundo para satisfazer as nossas
expectativas, assim como não estamos aqui, para satisfazer as delas.
As pessoas não se precisam, elas se completam... não por serem metades,
mas por serem inteiras, dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida."
(Mário Quintana

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